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Pós Stricto Sensu

Acervo de Teses - 2017 (DINTER)


Autor(a) Débora Regina Schneider Locatelli
Orientador(a) Prof. Dr. Marco Antonio Pinheiro da Silveira
Título FEIRAS DE NEGÓCIOS E SEU POTENCIAL PARA DESENVOLVIMENTO DE RELACIONAMENTO ENTRE EXPOSITORES
Resumo As feiras de negócios são espaços em que se encontram várias empresas do mesmo setor, com objetivo de promover seus produtos ou serviços. Além dos expositores figuram vários outros atores, como organizador, fornecedores, patrocinadores, visitantes, entre outros. O objetivo deste estudo foi analisar a contribuição das feiras de negócios para o estabelecimento de relacionamentos que favoreçam a realização de ações conjuntas entre os expositores. Delimitou-se o estudo a empresas do setor metalmecânico expositoras de feiras de negócios. A pesquisa caracterizou-se por ter abordagem qualitativa e exploratória. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semi-estruturadas, realizadas com vinte empresas do oeste catarinense e do norte gaúcho. As entrevistas foram analisadas utilizando a comparação, categorização e codificação. Os resultados levaram à construção de um framework que apresenta os Aspectos das feiras de negócio associados com o estabelecimento de relacionamentos entre os expositores. O Aspecto 1 é relacionado aos Mecanismos de Interação utilizados para a troca de informações nas feiras de negócios. Como resultado tem-se que os mecanismos formais são: rodada de negócios, palestras/seminários técnicos, abertura com coquetel, eventos, coquetel, jantar, coffee break e baile. Os informais são: visitas/conversas, observação dos estandes, troca de cartões, almoço/jantar, encontros fora da feira e em lugares alternativos. O Aspecto 2 refere-se aos Fatores Motivadores para realização de ações conjuntas entre os expositores. Neste item, foram encontrados como Fatores Motivadores: complemento ao negócio, acesso ao expositor comprador forte, fortalecimento da empresa, desenvolvimento de tecnologia, abertura de mercado, consolidação do produto no mercado e retorno financeiro. As Ações Conjuntas desenvolvidas entre os expositores a partir da participação em feiras de negócios, bem como identificação do nível de integração existente entre as empresas na realização da ação correspondem ao Aspecto 3. Foram identificadas as seguintes ações conjuntas desenvolvidas pelos expositores do setor metalmecânico: indicação de outros expositores, prospecção de fornecedor, prospecção de cliente potencial e troca de experiência (networking); prospecção de revendedores/ representantes e a exportação conjunta (cooperação); participação conjunta em feiras, desenvolvimento de produto, venda casada, potencial fusão/aquisição, nova empresa (colaboração). Finalizando, o Aspecto 4 do framework diz respeito aos Elementos decorrentes destes relacionamentos, que consistem em características ou atributos da relação a partir de seu início, o que nasce a partir do estabelecimento do relacionamento entre as empresas. Foram identificados: confiança, troca de informações, retorno financeiro, colaboração, afinidade, compromisso, equidade (negociação ganha-ganha), complemento ao negócio, desenvolvimento de relacionamentos pessoais e regulamentações do governo que se mostraram como um impeditivo para os relacionamentos. Assim, esta pesquisa constitui uma contribuição para acadêmicos e empresários, à medida que sistematiza num framework os Aspectos das feiras de negócio associados com o estabelecimento de relacionamentos entre os expositores.
Palavras-Chave Ações Conjuntas. Expositores. Feiras de Negócio. Mecanismos de Interação. Relacionamento.
Ano 2017 (DINTER)
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Autor(a) Marcelino Pedrinho Pies
Orientador(a) Profª. Drª. Maria do Carmo Romeiro
Título INSTITUCIONALIZAÇÃO E MUDANÇAS NAS PRÁTICAS ORGANIZACIONAIS: UM ESTUDO DOS MECANISMOS DE GOVERNANÇA NO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO SOLIDÁRIO
Resumo Esta tese desenvolveu um estudo a respeito das práticas de governança no cooperativismo de crédito solidário, usando como referência a teoria institucional sociológica. A pesquisa analisou a dinâmica de interação entre o processo de institucionalização e a mudança, cotejando a relação entre o ambiente institucional e a capacidade de ação dos atores. O objetivo foi analisar o processo de institucionalização dos mecanismos de governança no cooperativismo de crédito solidário, evidenciando os fatores que contribuíram para a mudança de práticas organizacionais. A pesquisa está delineada como um estudo exploratório, com uma abordagem qualitativa, utilizando o método de investigação estudo de caso. Os instrumentos de coleta de dados consistiram em entrevistas semiestruturadas, análise documental e observação não participante. Os resultados do estudo sugerem que um dos elementos para a consolidação do Sistema Cresol Central foi a adoção da estratégia de atender, prioritariamente, as demandas de crédito dos agricultores familiares. Aliado a isso, evidencia-se que um dos pilares da sustentação do sistema é a construção de laços sociais respaldados nas relações de proximidade e confiança entre os diferentes elos do sistema. Os resultados evidenciaram que o Sistema Cresol Central passou por mudanças de práticas de governança, ao mesmo tempo em que práticas também foram mantidas. Em relação às mudanças registra-se: a representação por delegados nas assembleias gerais para as cooperativas com grande dispersão geográfica, a necessidade da adoção, do modelo dual de governança, com segmentação de funções entre conselheiros e diretores em cooperativas com ativos superiores a R$ 50 milhões; a ampliação do mandato dos membros do conselho fiscal de um para três anos; e a contratação de empresa independente para a realização de auditorias externas nas cooperativas associadas. O estudo evidenciou inovações nos arranjos organizacionais, como a constituição das bases regionais de serviços, que reforçam a horizontalidade do sistema bem como a estruturação de espaços de governança adicionais aos oficiais, ampliando-se a participação e a representação dos associados, a partir da organização dos cooperados em seus espaços de moradia, de trabalho com os agentes comunitários de desenvolvimento cooperativo, de realização de reuniões comunitárias e das pré-assembleias. Por fim, constatou-se que as diretrizes para boas práticas de governança são definidas, em grande medida, pelo Estado, expressas por intermédio da publicação de leis e resoluções. Sugere-se que esse movimento compõe o processo de institucionalização das práticas de governança do cooperativismo de crédito solidário. Embora seja imperioso reconhecer as forças do ambiente que atuam para assegurar conformidade das cooperativas aos valores ambientais, isso não tirou a capacidade e a singularidade da Cresol Central em desenvolver ações para fortalecer o sistema cooperativo, denotando sua capacidade de agência. Elucida-se que o Estado, ao mesmo tempo que mobilizaria recursos a favor da conformação, também contribuiria no desenvolvimento do cooperativismo de crédito solidário, o que evidencia que as regras e as normas também podem ser compreendidas enquanto habilitadores da ação, possibilitando as cooperativas a alterar seus comportamentos, tornando possível os processos de mudança. Nesse sentido, a institucionalização e as mudanças de práticas de governança poderiam ser compreendidas enquanto um resultado da interação entre as instituições e as organizações.
Palavras-Chave Agência. Cooperativa. Governança. Institucional. Mudança.
Ano 2017 (DINTER)
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